O Amadurecimento

À chegada às margens do Porto, o Vinho é recolhido em armazéns que o permitem envelhecer e ser engarrafado, reconhecendo-se a sua idade pela cor. O vinho aparece no mercado um, dois, cinco ou até dezenas de anos mais tarde.

Há muitos anos que as vindimas no Alto Douro são representadas em painéis de azulejo por toda a região.

A produção vinícola representa um importante factor na economia e na política do país.

O Vinho do Porto amadurece sob a lenha de Carvalho, sendo guardado em grandes pipas de envelhecimento que têm uma capacidade de 600 a 650 litros, em Gaia esta capacidade está dividida por galões. Esta divisão facilita os cálculos comerciais, uma vez que para a exportação existe uma unidade de medida.

 

A lenha usada para a construção dos cascos é de vital importância para a determinação da qualidade do vinho, outrora somente carvalho português mandado plantar pelo Marquês de Pombal servia para a construção dos toneis, hoje em dia já se recorre às florestas da Hungria e da Checoslováquia que fornecem alguma da madeira usada nas reparações dos toneis.

As maiores pipas do mundo, os Balseiros, têm uma capacidade para 60.000 litros cada, e são onde o vinho novo repousa por um ano.

Num armazém, nos arredores do Peso da Régua, na Província de Trás-os-Montes encontram-se 120 Balseiros sendo os trabalhadores da Casa do Douro quem classifica a qualidade do vinho.

Mas nos campos os trabalhos prosseguem no final de cada época vindimar, abrindo-se um novo ciclo de poda, plantação e adubação das terras que se preparam para mais um ano de produção vinícola, intercalado com culturas tradicionais de auto - subsistência das populações.