O Transporte

 

O transporte inicia-se no fim do ano da colheita ou principio do ano seguinte.

Até 1965 o transporte dos vinhos do Douro era feito pelos barcos rabelos que haviam sido construídos com características especificas para aguentar as difíceis condições de navegabilidade do rio.

Antigamente, as pipas eram conduzidas em carros de bois até à margem do rio e depois transportadas nos Rabelos até aos entrepostos em Vila Nova de Gaia, o que trazia grandes dificuldades aos barqueiros. Os Rabelos são canoas de tábuas de fundo chato e sem quilha, tendo as peças de reforço de proa e popa cobertas pelo tabuado. Do seu estrado à proa manejavam-se os dois remos dianteiros. A zona de carga, era o local onde se dispunham as pipas topo a topo, sobre as cavernas, em filas longitudinais acrescidas de várias camadas sobrepostas que se estendiam às apegadas. A ponte sobreelevada numa da extremidades servia para manobrar o remo do governo. Nesta zona estava também situado o mastro, que só era montado nas viagens ascendentes, dado o regime dos ventos do rio. A decoração destes barcos era simples, destacavam-se a proa e o rabo, a haste e a pá da espadela com cores simples ( pós misturados no pez louro com que embreavam por fora), mais tardes começaram a aparecer os bordados e o nome do santo protector que também começou a figurar nas embarcações.

A partir de 1965, esse transporte passou a ser realizado mais rapidamente por via ferroviária ou rodoviária.

Mas este meio de transporte foi cancelado após a construção da barragem hidroeléctrica do Carrapatelo, altura em que em Setembro de 1965 se efectuou a ultima viagem destes barcos.

Actualmente o transporte é feito em camiões-tanque segundo regulamentos muito rígidos.

Mas este meio de transporte foi cancelado após a construção da barragem hidroeléctrica do Carrapatelo, altura em que em Setembro de 1965 se efectuou a ultima viagem destes barcos.

Actualmente o transporte é feito em camiões-tanque segundo regulamentos muito rígidos.